Pitty - a "princesinha" do rock brasileiro - reinventou radicalmente o seu jeito de fazer música com o seu mais novo disco "Setevidas". Passaram-se cinco anos desde o seu último álbum "Chiaroscuro (2009)" até chegar neste, e de lá para cá, alguma coisa mudou.
Parecendo ter repensando sua carreira e sua musicalidade com mais acuidade, Pitty nos proporciona um ótimo disco, transpirando dor, agonia e esperança em cada música, com letras profundas e potentes.
O motivo de toda essa tristeza? Talvez pela morte do guitarrista (e amigo) Peu Souza, ou a morte de sua gata - que estampa a capa do disco. Mas isso só ela pode dizer.
Gravado inteiramente ao vivo em estúdio - para eliminar qualquer traço de canastrice - e contando com uma ótima produção e mixagem, a cantora baiana faz um disco de primeira. Tendo em suas faixas: "Serpente" (praticamente épica), "A Massa" (letra poderosa) e a faixa-título "Setevidas" (um completo desabafo) o seu ápice.
Com uma proposta diferente do que já havia feito, com arranjos muito bem trabalhos - mesclando rock 'n' roll com um som psicodélico - e letras bem escritas conciliadas com o belo vocal ao qual já estamos acostumados, Pitty produziu esse que - na minha humilde opinião - é o seu melhor disco.
Provavelmente, os admiradores da fase mais 'pop' da cantora não gostarão desse disco, mas o que não se pode negar é que, assim como a última faixa do disco sugere, Pitty e sua banda parecem estar trocando de pele. Afinal, "a sustentação é que a manhã já vem".
Abaixo se encontra o videoclipe da faixa que encerra o disco: "Serpente".
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