Capa do filme. |
Capitão América: Guerra Civil não poderia chegar aos cinemas em momento mais oportuno. Em um mundo dominado por polarizações, Guerra Civil chega para agregar mais uma disputa ao emaranhado de guerras ideológicas e físicas que tomam o mundo.
E é - talvez - por ter uma abordagem tão fascinante do ambiente vivido pelos personagens que o filme se sobressai. As telonas não exibem apenas um filme, mas um embate galgado em questões filosóficas como moralidade e altruísmo. Tudo isso ocasionado devido a um roteiro tremendamente preciso e uma narrativa densa e profunda.
Mas afinal, quem está correto no conflito? O Homem de Ferro, que aceita sofrer certas restrições no que concerne às atitudes dos heróis com relação a humanidade; ou o Capitão América, que considera ultrajante tais mordaças às pessoas que tanto fizeram pelo bem-estar da humanidade?
É completamente perceptível que - olhando friamente - a ideia de que ambos os lados defendem proposições "corretas" e com argumentos razoáveis se manifeste como opção mais palpável. Uma lição para nossas vidas, se encararmos com esse espírito.
Mas ao que concerne o filme em si, não há muito do que reclamar. O filme transcorre de forma coesa e dá espaço para que praticamente todos os personagens tenham "momentos de holofote" em cena, não desqualificando a importância dos coadjuvantes da trama. A desenvoltura dos atores com o papel que desempenham é bastante satisfatória e proporciona ao expectador muitas cenas marcantes (muitas de teor cômico, protagonizadas especialmente pelo Homem-Aranha e o Homem-Formiga).
A sensação que passa é que finalmente a Marvel fez um filme maduro, com uma temática interessante e uma abordagem responsável e intrigante. Eu - que sou declaradamente um crítico voraz à masturbação cinematográfica deste meio que envolve os super-heróis - me sinto grato pela surpresa que o filme me causou. A expectativa é que de agora em diante a Marvel não perca a mão e volte a fazer coisas tacanhas como "Os Vingadores 2: A Era de Ultron".
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