domingo, 22 de janeiro de 2017

Sem Mais Delongas #15: Problemas de gênero.

(as forças caóticas do relativismo na crise de identidade).


O maior erro da análise contemporânea dos indivíduos é, ao meu ver, a insistência em traçar a mesma quase que inteiramente sob à luz da Sociologia. O menosprezo perante a Biologia e a Psicologia, como métodos analíticos de comportamento, é algo simplesmente assustador. É claro que os aspectos sociais são essenciais para o entendimento de um indivíduo, mas se forem colocados como objetos de um plano maior. Pois - há de se lembrar - mesmo tais aspectos podem ser estabelecidos baseados em preferências fisiológicas ou psíquicas. 

Contudo, a "intelectualidade" forja um panorama onde a análise comportamental é mero instrumento de sucessões "impostas" pela sociedade. É - no mínimo - desumano descaracterizar as preferências dos indivíduos como se estas fossem apenas sujeitas ao jugo da sociedade. É de uma arrogância enorme apontar que a forma de agir de um indivíduo, detentor de determinado aspecto, é gerada apenas externamente à ele.

A construção da identidade dos indivíduos, nas suas mais variadas ordens, parte de uma análise que perpassa por diversas disciplinas. Obviamente, isso não resultará em um padrão comportamental, haja vista que o ser humano é dotado, invariavelmente, de enorme complexidade. Contudo, ainda que não existam padrões, é perceptível a natureza de preponderâncias significativas que corroboram tais formas de tratamento.


Não se trata de tornar excludentes os não pertencentes à pluralidade, mas de respeitar a predisposição comportamental dos demais indivíduos. Por isso, é compreensível a especificação de objetos materiais (ou mesmo da linguagem) como detentores de uma natureza característica. É uma noção muito estúpida conceber as leis de mercado como não suscetíveis ao lucro (o que, consequentemente, perpassa pela maioria). Além disso, a Linguística demonstra - com as corroborações das predileções citadas anteriormente - a natureza de tais especificações. 

Dito isto, finalizo: as suas predileções são resultado de um processo característico seu, não compondo uma amplitude magnânima. Contudo, a predominância de determinados componentes justificam tais especificações e auxiliam no funcionamento do entendimento humano. É óbvio que uma identidade não ortodoxa deve ser respeitada e, claro, levada em consideração na produção de bens de consumo. Mas é arrogância demais esperar que a mesma seja privilegiada, a despeito das outras, no que concerne ao campo econômico, haja vista que a disparidade entre as demandas são gritantes.

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