segunda-feira, 13 de abril de 2015

Dedo de Prosa #1: Velozes e Furiosos 7

Capa de Velozes e Furiosos 7
A franquia de Dominic Toretto chega a sua sétima sequência, e mais uma vez, as cenas de ação são de arrepiar. Contando com a participação de Jason Statham, Kurt Russell, Djimon Hounsou, Nathalie Emmanuel e uma rápida aparição da rapper australiana Iggy Azalea, a turma de Toretto parte para mais uma de suas aventuras.

Apesar de ser o fulcro central do enredo, a vingança de Ian Shaw não é - em absoluto - o aspecto que dita a história em si. Muitos aspectos de importância compõem o enredo.

O dilema de Brian, tendo que viver uma vida pacata para dar o suporte necessário a sua mulher e filho e, ao mesmo tempo, conviver com a abstinência da adrenalina, a "saudade das balas". A confusão mental de Letty, que não consegue reviver em sua memória os momentos vividos ao lado de Dom. A própria homenagem realizada pelos atores à Paul Walker também ajuda a compor o enredo. Mas tudo mesclando velocidade e ferocidade.

Contudo, certas características do enredo não mudam. A frequente e cômica sacanagem que Roman e Tej fazem um com o outro, os constantes "sermões" de Dom sobre a importância da família, as cenas de ação cada vez mais absurdas e muito mais.

Porém, um dos trabalhos mais importantes dessa sétima sequência não está na frente das câmeras, ele está na direção. James Wan (Jogos Mortais, Invocação do Mal, Sobrenatural) trouxe um profissionalismo à franquia que ainda não havia se visto nos filmes anteriores. Enquadramentos fantásticos, acréscimo do foco no drama e um roteiro que, embora não seja lá grande coisa, consegue ser mais direto e efetivo do que o dos filmes anteriores.

A trama inicia com Ian Shaw no hospital, deixando seu irmão aos cuidados dos médicos. Logo após isso, ele vai atrás dos responsáveis da surra sofrida pelo irmão. Primeiro, ele pega Hobbs, deixando-o impossibilitado. Depois, ele vai atrás de Toretto e sua trupe. 

Para contra-atacar Shaw, Toretto se une a "Sr. Ninguém" (Kurt Russell), substituo de Hobbs na CIA. Porém, para firmar essa união, "Sr. Ninguém" precisa que Toretto resgate Ramsey (Nathalie Emmanuel), hacker responsável pela criação do "Olho de Deus", dispositivo capaz de encontrar qualquer pessoa em poucos instantes. Esse dispositivo está nas mãos erradas e "Sr. Ninguém" precisa tirá-lo deles.

Daí em diante, o que se vê é uma constante luta entre Ian Shaw x Toretto e cia. x raptores do Olho de Deus. As cenas são insanas, violentas: aquilo que um verdadeiro filme de ação necessita. Mas, apesar de toda atmosfera violenta, o filme tem uma alta carga melodramática, e não podia ser diferente. 

A repentina morte de Paul Walker durante as filmagens foi um dos fatores primordiais para todo o sucesso de Furious 7, que em 12 dias já se tornou o mais rentável da franquia. Os fãs da franquia compareceram em peso, para prestar essa última homenagem.

Durante todo o filme, a morte de Brian parece que está prestes a acontecer em diversas vezes. Fica aquela sensação de "é agora" dos espectadores. Em cada gesto, cada frase, pode-se perceber o momento chegando. Mas até então, ele não morre. Apenas no final do filme, quando Toretto e Brian se encontram na estrada e seguem em caminhos diferentes, é que a seguinte fala é vista, enquanto imagens dos filmes anteriores aparecem: 

"Eu costumava dizer que vivia só o momento e acho que por isso éramos irmãos, porque você também era assim. Não importa onde você esteja, se a um quilômetro de distância, ou do outro lado do mundo, você sempre estará comigo. E sempre será meu irmão".

Pode parecer uma homenagem piegas, mas a conjuntura do filme faz com que Furious 7 se torne um lindo filme-tributo à Paul Walker. E o que se pode concluir sobre o filme é: Velozes e Furiosos 7 passa longe de ser um filme artístico, mas é uma dose fascinante para quem busca entreter-se com boas cenas de ação e para quem deseja prestar uma última homenagem a esse personagem tão importante na franquia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário