terça-feira, 23 de junho de 2015

Vulnicura, por Björk (2015)

Como o título do blog já sugere, a temática central do meu blog é a dor, o sofrimento, seja ele manifesto por meio do meu próprio falar (em artigos que eu mesmo escrevo), ou em uma tentativa pobre de disseminar e/ou avaliar alguma manifestação artística. 

Sendo assim, eu não poderia deixar de falar do novo disco desta que é - na humilde opinião deste ser que vos fala - uma das maiores vozes da história.

O disco Vulnicura, da cantora Björk, é permeado - do início ao fim - como um manifesto da dor do fim de um relacionamento (Björk foi casada durante 13 anos com Matthew Barney. Os dois se separaram em 2013).

Diferentemente de álbuns anteriores como: (Medúlla [2004], Volta [2007] e Biophilia [2011]), a gama de experimentações musicais de diversos gêneros que permearam a carreira da cantora e compositora islandesa não estão tão presentes, os experimentos artísticos não se encontram como um elemento fundamental do disco. 

Contudo, sabendo conciliar as belas melodias que compõe com o que tem de mais encantador: sua voz, Björk consegue - mais uma vez - nos agraciar com um disco maravilhoso. Dessa vez com um aprofundamento muito mais pessoal e menos pedagógico, ela apresenta não somente um disco, mas quase que uma trilha-sonora, que deve ser ouvida integralmente, enquanto se pode deliciar-se com a viagem tresloucada ao psicodélico que o som nos proporciona.

Falando com um público abrangente e demonstrando que ainda se pode ter esperanças de boa música no mainstream internacional, Björk ainda mostra o porquê de ser uma das vozes poderosas que se pode encontrar.

Abaixo se encontra o videoclipe da primeira faixa do disco, onde se pode ver mais uma vez a cantora inovando. Um vídeo interativo gravado com uma câmera 360 graus.

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