Quem já teve o desprazer de me conhecer, deve ter percebido minhas profundas suspeitas acerca da genuinidade de sentimentos como o amor, por exemplo. Seja como for, a proliferação da ideia de que o amor é algo acalentador está constantemente presente na sociedade. Veremos isso em He Took His Skin Off For Me (Ele Arrancou Sua Pele Por Mim)?
TCC (trabalho de conclusão de curso) de Ben Aston para a universidade: London Film School, He Took His Skin Off For Me contou com o apoio de cerca de 200 pessoas e levou dois anos para ser realizado. Com 0% de computação gráfica, todo o visual assumido pelo ator Sebastian Armesto é montado a partir de mil próteses que simulam os músculos humanos. He Took His Skin Off For Me é um trabalho lindíssimo, em todos os aspectos. Conceitualmente preciso, visualmente magnífico e musicalmente encantador.
TCC (trabalho de conclusão de curso) de Ben Aston para a universidade: London Film School, He Took His Skin Off For Me contou com o apoio de cerca de 200 pessoas e levou dois anos para ser realizado. Com 0% de computação gráfica, todo o visual assumido pelo ator Sebastian Armesto é montado a partir de mil próteses que simulam os músculos humanos. He Took His Skin Off For Me é um trabalho lindíssimo, em todos os aspectos. Conceitualmente preciso, visualmente magnífico e musicalmente encantador.
Até onde vai os limites do tal famigerado amor? Ações estapafúrdias são justificáveis se vistas à luz do amor? Afinal, será que realmente vale tudo no amor? Quais consequências uma atitude impensada e impulsiva como essa podem causar? Essa é a mensagem metafórica escondida neste belíssimo curta do principiante diretor londrino Ben Aston, baseado no conto homônimo de Maria Hummer.
Entretanto, há mais um aspecto subentendido neste curta-metragem. Afinal, o que se poderia definir como pele (skin)? Seria essa pele apenas a representação física da hepiderme humana ou seria essa pele - também - a definição da pessoa em si? A pele é aquilo que você é, a sua essência. Logo, ele se desfaz dessa particularidade em função de sua relação; à pedido da sua esposa. Em prol do "nós".
Porém, com as diversas dificuldades geradas por ter arrancado sua pele, o homem começa a se arrepender de ter feito esta escolha. Afinal, seria mesmo prudente uma relação onde um dos componentes têm de sacrificar a sua essência para demonstrar o seu comprometimento? Se você precisa mudar aquilo que você é para estar com alguém, será que você realmente deveria estar com esta pessoa?
Mas aí vem a pergunta final: apesar desta demonstração de sacrifício... e o outro lado? Estaria a outra parte desta relação tão disposta a fazer esta mudança em prol do firmamento de um relacionamento mútuo? A natureza egoísta e egocêntrica do ser humano permitirá que essa reciprocidade ocorra?
Se você gostaria de tentar ver uma outra visão sobre o amor, este curta lhe servirá de mão cheia. Você está disposto a arrancar sua pele por alguém?
Nenhum comentário:
Postar um comentário