terça-feira, 28 de julho de 2015

Sem Mais Delongas #5: Qual vive um pior momento no cinema: romance ou terror?

Em tempos onde filmes como A Entidade, Annabelle, O Exorcismo de Emily Rose e outras merdas do gênero são consideradas por uma parcela de pessoas como bons filmes de terror e atrocidades cinematográficos como O Diário de Bridget Jones, A Culpa é das Estrelas, P.S. Eu Te Amo e outras bostas são consideradas por outra parcela como romances incríveis, surge a pergunta: no cinema contemporâneo, qual gênero vive um momento mais calamitoso: romance ou terror? Ou até mesmo: entre os dois gêneros, qual tem um público menos rigoroso?

É muito triste para os admiradores do gênero romance que encantam-se ao assistir joias como ...e o Vento Levou, Casablanca e Último Tango em Paris, ver no que os filmes de romance se tornaram. Tão triste é ver que o gênero terror, que nos impactava com clássicos como PsicoseO Exorcista e Sexta-Feira 13, hoje fiquem a mercê de filmes que não conseguem nada além de causar tédio.

Realmente me deixa pasmo a baixa qualidade com que se tratam os dois gêneros nos tempos atuais. O mais curioso é que, mesmo não acrescendo em nada e sendo filmes apenas 'mais do mesmo', esses filmes continuam tendo boas bilheterias e retornando uma quantia até maior do orçamento que foi direcionado ao filme.

O fluxo de produções cinematográficas é tão grande e de qualidade tão baixa que a rigorosidade ao se assistir um filme parece que se tornou algo desnecessário. O show business está cada vez mais voltado para o business e menos para o show, isso me causa uma consternação tremenda. Chega a ser enfadonho ter que ver aonde moro sessões praticamente vazias de filmes interessantes como Kingsman: The Secret Service e ter de se deparar com salas totalmente lotadas para assistir um filme tão tedioso quanto A Culpa é das Estrelas.

Mas o mais triste de tudo isso é ver filmes de ambos os gêneros com propostas interessantes - como a compilação de curtas The Abc's of Death, por exemplo - não chegarem a grande massa. Parece que o público já se acomodou a "assistir apenas o que está passando". Falta interesse por parte dos produtores em fazer algo de qualidade e interesse dos espectadores em pesquisar, em vez de apenas se contentar com o que lhe está "palpável".

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